segunda-feira, 18 de agosto de 2014

O CORTEJO DE MORTE DE EDUARDO CAMPOS OU ABUTRES, CARPIDEIRAS E OPORTUNISTAS.

O CORTEJO DE MORTE DE EDUARDO CAMPOS OU ABUTRES, CARPIDEIRAS E OPORTUNISTAS.

O telefone toca. Do outro lado alguém fala:
- sabe o que acabou de acontecer com o Eduardo Campos?
-não
- Ele estava em um voo e o avião caiu. o Ex-governador de Pernambuco, os tripulantes e os demais que estavam abordo morreram.
- Sério?
Fiquei atônito com a notícia.  Fui ver o que os noticiários e informavam sobre o assunto. Para minha falta de surpresa a imprensa corporativa já estava montando cenários eleitorais. O corpo mal tinha tocado o chão já estavam com pesquisa e especialista falando sobre o cenário pós-morte.
Neste instante, vi mais uma prova de como a vida vele pouco, pois os anuncio, o lucro e a audiência dos telejornais valem mais do que os homens e seus dramas. A exploração da vida ocorre até na morte.
Marina já se posava como viúva do legado de Campos para tentar ascender para a cabeça de chapa na disputa eleitoral.
fiquei enojado com o gozo da mídia no corpo ultrajado.
Alguns verbetes para respirarmos:
As Carpideiras são mulheres que choram profissionalmente para defuntos alheios, para isso é feito um acordo monetário entre a carpideira e os familiares do defunto.
Os Abutres são aves classificadas pela biologia como detritívoros, saprófagos ou necrófagos que se alimentam de restos orgânicos (plantas ou animais mortos). Nos dicionários é comum encontrar a definição de uso da palavra, ou seja, homens com caráter duvidoso e práticas nocivas à coletividade.  

A primeira fase das noticias foram dominadas pela euforia sobre os desdobramentos possíveis do cenário eleitoral.  Nas redes sociais vi a revolta de gente sensível à dor dos seus semelhantes, eles criticavam os atos oportunistas da mídia e de políticos que aproveitavam o espaço para fazer campanha.

Na segunda fase temos a dissecação do fato pela mídia que explora cada detalhe mais intimo.  No velório de Eduardo Campos, no Palácio das Princesas, pessoas tirarem selfie junto ao caixão, isso expressa à desumanização e a falta de empatia que aprece alastrar-se como fogo em rastilho de pólvora.

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