O CORTEJO DE MORTE DE EDUARDO CAMPOS OU ABUTRES, CARPIDEIRAS E
OPORTUNISTAS.
O telefone toca. Do outro lado alguém
fala:
- sabe o que acabou de acontecer
com o Eduardo Campos?
-não
- Ele estava em um voo e o avião
caiu. o Ex-governador de Pernambuco, os tripulantes e os demais que estavam abordo morreram.
- Sério?
Fiquei atônito com a
notícia. Fui ver o que os noticiários e
informavam sobre o assunto. Para minha falta de surpresa a imprensa corporativa
já estava montando cenários eleitorais. O corpo mal tinha tocado o chão já
estavam com pesquisa e especialista falando sobre o cenário pós-morte.
Neste instante, vi mais uma prova de como a vida vele
pouco, pois os anuncio, o lucro e a audiência dos telejornais valem mais do que
os homens e seus dramas. A exploração da vida ocorre até na morte.
Marina já se posava como viúva do
legado de Campos para tentar ascender para a cabeça de chapa na disputa eleitoral.
fiquei enojado com o gozo da mídia no corpo ultrajado.
fiquei enojado com o gozo da mídia no corpo ultrajado.
Alguns verbetes para respirarmos:
As Carpideiras são mulheres que choram
profissionalmente para defuntos alheios, para isso é feito um acordo monetário
entre a carpideira e os familiares do defunto.
Os Abutres são aves classificadas pela biologia
como detritívoros, saprófagos ou necrófagos que se alimentam de restos
orgânicos (plantas ou animais mortos). Nos dicionários é comum encontrar a
definição de uso da palavra, ou seja, homens com caráter duvidoso e práticas
nocivas à coletividade.
A primeira fase das noticias
foram dominadas pela euforia sobre os desdobramentos possíveis do cenário
eleitoral. Nas redes sociais vi a
revolta de gente sensível à dor dos seus semelhantes, eles criticavam os atos
oportunistas da mídia e de políticos que aproveitavam o espaço para fazer
campanha.
Na segunda fase temos a dissecação
do fato pela mídia que explora cada detalhe mais intimo. No velório de Eduardo Campos, no Palácio das
Princesas, pessoas tirarem selfie junto ao caixão, isso expressa à
desumanização e a falta de empatia que aprece alastrar-se como fogo em rastilho
de pólvora.