"só não me sinto à vontade sendo namorada de alguém. Não me sinto à vontade sendo qualquer coisa de alguém. Eu gosto de ser sozinha... " Summer
Estava em um voo em viagem para Buenos Aires e assisti um filme. Não consegui saber o seu nome, pois quando fui ver ele já havia iniciado, e não deu tempo para ver o final. Só sabia que era um desse filmes intitulados como comédia romântica...
Durante o voo, sem saber o nome, fui assistindo o filme e me dei conta que era interessante. Foi envolvendo-me, pois ele tem uma estética bonita... são belos cenários, um ótima trilha sonora, boa dinâmica de ocorrência dos fatos, e uma narrativa que quebrava a lógica temporal tradicional e linear. A história é contado em idas e vidas, em versões distintas e contraditórias. Não há um final feliz, nem um final infeliz, mas um final com possibilidades...
Chegando em Fortaleza pesquisei com as referências que tinha e descobri o nome. De posse do nome fui procurar para poder terminar de ver, pois como cinéfilo que sou isso era uma questão de grande urgência.
(500) dias com ela certamente não é o filme mais genial que já vi, mas é um filme que aborda questões importantes de uma maneira bem avançada, pois consegue narrar a experiência sem nos fazer perder de nós mesmo, nos possibilitando a critica sobre a vida e sobre o próprio filme. Tinha visto em vários momento o filme em cartaz, mas nunca havia atentado para a possibilidade de gostar dele, mas gostei!
Tom e Summer são dois personagem com densidade. Ele um Loser que não sebe o que é. Formado em Arquitetura, mas que trabalha em uma empresa criando cartões de felicitação. Ela é uma moça linda, avançada, decidida e com dificuldade para construir relações convencionais. Ambos inteligentes com bom gosto para literatura, música e cinema. O filme é ambientado com esses sons, esse clima meio anos 1960. um clima de busca por liberdade e por quebra de tabus.
Tom se apaixona por Summer assim que a vê. Passa dias imaginando como seria, mas o que ele não esperava acontece... Ela mostra interesse por ele e os dois envolvem-se em uma relacionamento estranho. Ele a perde, mas herda de Summer um pouco de seu desejo de mudança, um pouco de sua coragem e segurança.
Tom abandona o emprego em uma atitude de desespero e coragem. É a partir daí que ele retoma o desejo de trabalhar como arquiteto.
O filme tem um roteiro muito bom! Assim como Tom o filme é uma obra promissora, que só precisa ser olhada com o devido cuidado, ao mesmo tempo em que necessita descobrir uma força dentro de si. Mas isso é outro filme e outro Tom. O filme provoca em nós, pela sua proposta estética, pensar em outros destinos possíveis.
http://www.youtube.com/watch?v=kGDKvLaFpD4
Nenhum comentário:
Postar um comentário