segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Os poderes que não forma eleitos e querem governar o Brasil: Mídia Golpista e Poder Judiciário

A mídia é igualzinha

À língua da vizinha (BIS)
La mídia, la média, la moda
A mídia é quem lidera
Libera na maior
Sexo, drogas e rock'n roll
E eu não sou pau mandado
Sei o que quero
E aonde vou
Sexo seguro
É sexo com amor

A mídia( Os Novos Baianos)



Não é novidade que a mídia exerce um poder central na disputa da opinião pública na sociedade contemporânea, também não é um tema novo o fato de que ela deveria cumprir uma função educativa importante na sociedade. A concertação dos meios de comunicação nas mãos de uns poucos empresários é um dano à democracia e a sociedade, pois isso restringe a um número bem pequeno as vozes e experiencias sociais que tem visibilidade.


Quem tem o monopólio da fala pode ter mais facilmente o monopólio da verdade, pois a verdade não e um valor em si, mas o resultado de disputas sobre um realidade que se altera no tempo e no espaço. O registro e a propagação de um acontecimento são elementos fundamentais na construção da verdade. Quem tem o controle dos meios de registro e de propagação da informação pode manipular os rumos dessa verdade segundo seus interesses e de seus grupos.


Acredito e defendo a liberdade da informação e a liberdade de imprensa, mas não defendo que uns poucos homens possam controlar essa liberdade, pois esse controle pelos empresários da comunicação acaba limitando a liberdade ao seus interesses, portanto, essa liberdade que temos hoje é falsa. Nesse sentido, devemos aperfeiçoar as politicas para que haja mais controle da sociedade, ou seja, de todo o povo, sobre os rumos da comunicação em nosso pais. Isso não restringe a mídia, pelo contrário, amplia a participação de mais vozes da sociedade sobre os rumos da comunicação, que deve ser um direito de todos.


A democratização da mídia e a participação social não restringe a liberdade de expressão, mas amplia a sua força´e possibilita um apanhado mais complexo da realidade. Quando os empresários do ramo da comunicação reagem ao controle social da mídia, ou sobre ações de responsabilização sobre as violações de direitos cometidos pelas suas empresas, não estão defendendo a liberdade de forma genérica, mas a liberdade de suas empresas dizerem e fazerem qualquer coisa e não serem responsabilizadas. Essa onipotência que os donos da mídia acreditam ter é um dos graves problemas que temos que enfrentar para avançarmos na consolidação da democracia.


A democratização é um bandeira de vários movimento sociais, organizações politicas e de pessoas comprometidas com uma sociedade justa e fraterna. A mídia ideologizada acaba sendo utilizada como instrumento politico, perdendo seu compromisso com verdade e com o direito a informação.


A ação politica da mídia tem como uma de suas faces a criminalização, que nos últimos tempos tem sido denunciada por movimentos sociais, sindicais, organizações políticas, por intelectuais como um dos instrumentos mais nefastos... A mídia acusa, julga e condena pobres, como é o caso dos moradores de áreas populares, ou de movimentos sociais como o MST. Ela torna esses sujeitos criminosos sem apresentar provas e sem ter competência para julgar ou investigar alguém.


A atuação da indústria da informação e comunicação não é solitária, nem desprovida de intencionalidade. Ela atua em casos exemplares com o poder judiciário, que se coloca também como uma força onipotente que arbitra em causa própria, como nos casos de aumentos constates dos salário astronômicos de juízes, ou ainda nos casos de perseguição politicas empreendidas pelos dois poderes que resulta em condenação mesmo sem provas.


O que chama a atenção é que estes dois atores que deveriam contribuir para o fortalecimento do estado de direito e para o fortalecimentos das instituições e instrumentos democráticos têm agido na direção contrária, pois a perseguição e a condenação politica são próprias dos regimes autocráticos e de outras formas autoritárias e antidemocráticas de poder.


A crise dos modelos democráticos dos países ocidente e do oriente, que encontra nos levantes e nas mobilizações recentes a sua expressão mais evidente, é um indicação de que o padrão civilizatório capitalista em sua busca desenfreada pela acumulação só conseguem satisfazer o lucro. É que devemos empreender reformas profundas no modelo que venham a atender as necessidades humanas de liberdade, dignidade e felicidade.


A mídia é igualzinha à língua da vizinha” só quer saber da fofoca politica, do denuncismo e de uma ética barata. Ela não tem pautado a grande politica, está presa aos interesses mesquinhos dos grupos políticos conservadores que não querem mudar a sociedade brasileira. Devemos combater a corrupção, a violação de direitos, as desigualdades, o preconceito, o autoritarismos e a pobreza.


Nesse sentido, a realização de reformas são fundamentais para a construção de uma nova sociedade é de uma nova politica. Essas reformas devem ganhar a cena e envolver todos os setores da sociedade, para que o seu resultado possa efetivamente atender aos anseios e necessidades da sociedade brasileira.


É importante garantir a participação dos vários setores da sociedade nos processo de formulação, através de mecanismos de escuta qualificada que permitam um apanhado mais completo da realidade, visto que a sociedade brasileira é bastante diversa e complexa.

É necessário debater a coisa pública, mas para isso precisamos reabilitar as instituições sociais públicas, através do envolvimento do povo em seu controle. Nesse sentido, precisamos fazer a reforma do judiciário, a reforma política, e criar mecanismos de regulação social da mídia. Essas são iniciativas fundamentais para construirmos um novo pacto republicano, que atenda as necessidades da sociedade brasileira, e promovam o desenvolvimento de forma justa e fraterna, assegurando a diferença e garantindo a liberdade e igualdade.